Respeitar, é tratar alguém com reverência ou acatamento, dar importância, atenção, considerar. É agir de modo que não fira, não prejudique ou não ofenda (alguém), ou destrua (algo).

O mais interessante é que respeito todos querem receber, mas nem sempre querem dar. Pode-se asseverar que respeito é uma coisa muito boa, pois, afinal, todos o desejam.

Quando vejo a falta de respeito do Secretário de Fazenda Éder de Morais, com os empresários do comércio matogrossense, taxando-os, de forma generalizada, de sonegadores e burladores da lei, eu fico a indagar: Será que o respeito está sendo prejudicado pela falta de assimetria das relações, pela ausência de diálogo, rompido unilateralmente?

Como o respeito é um valor, o desrespeito é um desvalor. E aí vem a pergunta: a quem interessa desvalorizar o empresariado matogrossense, se ele significa o maior patrimônio do Estado, pois é ele quem garante a arrecadação. Sem um comércio forte e estável, não haverá um Estado forte. Desvalorizar o comércio é desestimular o seu crescimento. É afugentar o micro e pequeno empresário da formalidade.

O respeito está na base de todas as boas relações, e não pode jamais ser desprezado.

Impor-se ao respeito é fundamental.

Respeito é aquilo que protege o bem geral.

A falta de respeito como a que assistimos ultimamente, quando da cobrança indevida de ICMS, e ainda negar a sua devolução imediata, mesmo existindo um Decreto Estadual reconhecendo a ilegalidade da cobrança e a obrigação em devolver o valor, e não devolvê-lo, já passados mais de 180 dias, é abusar da paciência dos empresários, cuja tolerância tem limites.

Muitos empresários já estão tendo vontade de desistir do respeito, porém desistir é dar vitória ao inimigo antes que a luta tenha sido de fato perdida.

Os empresários do comércio não pedem muito, pedem apenas respeito.

O dinheiro compra muita coisa, compra cargos, gravatas, espaço na mídia, só não compra respeito.

Otacílio Peron é advogado da FCDL/MT e CDL Cuiabá

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