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Quinta, 31 de outubro de 2019, 20h11
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Apenas 16% dos poupadores diversificam seus investimentos; Para CDL Cuiabá é recomendável ter mais de uma forma de aplicação

 

O velho ditado diz que ‘não se pode colocar todos os ovos em uma mesma cesta’, mas são poucos os investidores que no dia a dia seguem essa regra. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que somente 16% das pessoas que poupam no país diversificam seus investimentos, ou seja, depositam o seu patrimônio em ao menos dois tipos diferentes de aplicações. A maioria (63%) dos entrevistados aposta tudo em um mesmo produto financeiro. Já 21% até guardam dinheiro, mas não investem, optando por deixar a quantia parada na conta corrente ou na própria casa.

 

Dos 74% de poupadores que aplicam em alguma modalidade de investimento, a caderneta de poupança é o principal destino, citada por 60%. O tesouro direto desponta como o segundo tipo de investimento mais popular do país, mencionado por 11%. Depois aparecem os fundos de investimentos (8%), previdência privada (6%) e CDBs (6%). Apenas 3% de quem poupa investem em ações, que ficam à frente das LCI e LCAs (2%) e das criptomoedas (2%).

 

Para o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), Fábio Granja, para o poupador que quer ter alguma rentabilidade, é importante diversificar os investimentos, tendo ao menos, dois sistemas de aplicação. “As taxas de juros não estão muito atrativas no momento, por isso é importante arriscar um pouco mais”, disse, ressaltando que essa é uma das formas que se tem também, de se proteger contra uma eventual desvalorização de alguma das suas aplicações, amenizando riscos e encontrando formas de compensar perdas. “Desta forma, caso uma determinada aplicação não esteja muito rentável, vai compensar a rentabilidade de outra”.

Em um ano, passa de 17% para 21% o percentual de poupadores. Renda baixa é principal razão para quem não tem hábito de guardar dinheiro

Por mais que os indicadores econômicos mostrem que a recessão ficou para trás, as dificuldades financeiras estão presentes no dia a dia do brasileiro. Exemplo disso, é que muitos não estão conseguindo chegar ao fim do mês com sobras de recursos. No último mês de setembro, apenas 21% dos consumidores conseguiram poupar parte de seus rendimentos – o dado é um pouco maior do que o observado no mesmo mês do ano passado (17%). Já 68% não pouparam qualquer quantia. Em média, cada poupador conseguiu juntar R$ 453,73 em setembro.

 

Entre os que poupam habitualmente, proteger-se contra imprevistos é a principal razão (52%). Em seguida, aparece a intenção de garantir um futuro melhor para a família (37%) e a intenção de abrir um negócio próprio (17%). Já a aposentadoria, que deve ser prioridade como um planejamento de longo prazo, foi lembrada por apenas 17% desses poupadores. Com o mesmo percentual, também apareceu a compra ou quitação da casa própria.

 

Para os consumidores que não guardaram recursos no período analisado, a principal justificativa é a baixa renda, razão dada por quase metade (47%) dos entrevistados. Em seguida, aparecem os imprevistos, lembrados por 17%. A dificuldade para controlar os gastos (15%) e a falta de renda no momento (12%) completam a lista dos principais empecilhos.

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, os efeitos da crise ainda impõem restrições a vida financeira do brasileiro, mas isso não explica tudo. “Quem tem mais baixa renda, tem também uma margem menor para manobrar seus recursos, mas a formação de reserva não requer, necessariamente, valores altos. O que faz diferença no fim das contas é frequência e a disciplina em guardar recursos”, analisa.

 

Outro dado que o levantamento mostra é que 40% dos brasileiros que possuem reserva financeira tiveram de sacar ao menos parte desses recursos no último mês de setembro, sendo que 15% tiveram de utilizar o dinheiro guardado para pagar contas, 11% foram surpreendidos com imprevistos e 10% direcionaram para saldar dívidas em atraso. “O recomendável é que os poupadores tenham distintas reservas. Uma para imprevistos, em que ele consiga resgatar esse montante a qualquer momento. E outras específicas para cada objetivo, como realizar um sonho de consumo e também para a aposentadoria. Dessa forma, sonhos não são interrompidos quando houver uma emergência”, afirma Vignoli.

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