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Segunda, 01 de março de 2010, 10h47
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Calor faz as vendas aumentarem

As vendas de equipamentos como ar condicionado e ventilador aumentaram cerca de 30%, em Cuiabá, nos últimos 60 dias na comparação com os meses imediatamente anteriores. A responsável pelo incremento nessa movimentação nas lojas é a alta temperatura, típica da região cuiabana, mas que vem atingindo índices acima da média e fazendo com que as pessoas busquem produtos para minimizar o calor. De acordo com os lojistas, a venda desses eletrodomésticos é crescente e eles já estimam uma expansão de 15% no decorrer do ano, em relação a 2009.
 
"Na média, de cada 10 produtos vendidos na loja, 2 são aparelhos de ar condicionado ou ventilador", destaca o gerente de uma das lojas City Lar, Tom Oliveira. Segundo ele, em determinados dias as vendas dobram de volume. "No tempo seco, o comércio de umidificadores aumenta consideravelmente", complementa gerente ao acrescentar que está satisfeito com as perspectiva de vendas para este ano. "Com a construção de mais residências em Mato Grosso, a expectativa é de que os consumidores comprem mais esses eletrodomésticos, que já se tornaram preferência entre os cuiabanos".
 
A escolha pelo ar condicionado, muitas vezes, é questão de necessidade. É o que garante o casal de comerciantes, Cida e Alírio Souza. Os consumidores, que recentemente adquiriram um condicionador de ar, defendem que a compra foi extremamente necessária. "Neste calor, ventilador não refresca", diz Cida, ressaltando que agora a família irá dividir o mesmo quarto para se defender do clima quente. No entanto, como bons consumidores, o casal não deixou de pesquisar preços antes de cair na tentação da compra. "Constatei que não há muita diferença de valores entre as lojas", constata Cida.
 
Essa afirmação também é do gerente regional do Novo Mundo, Mauro Cesar. Ele ainda enfatiza que de um ano para outro, não houve muita alteração nos valores cobrados pelos aparelhos. "Por isso comemoramos o aumento de 30% nas vendas desses produtos". Conforme pesquisa feita pela reportagem, os preços médio dos aparelhos de ar condicionado vendidos em Cuiabá custam a partir de R$ 600, o climatizador uma média de R$ 379, o umidificador é vendido por R$ 199, enquanto o ventilador pode ser comprado por até R$ 129.
 
Consumo e economia- Além de considerar o preço dos equipamentos na hora da compra, o consumidor precavido também se atenta ao consumo energético dos aparelhos. "Os produtos com selo Procel consomem menos que os demais", especifica o gerente de atendimento ao consumidor da Cemat, Elieuton Silva dos Santos. Isso porque, o consumo de energia é influenciado pelas altas temperaturas. Os dados nacionais de mercado feitos pela Empresa Pesquisa Energética (EPE) mostram que o consumo de energia elétrica no país totalizou 33.718 gigawatts-hora (GWh) em janeiro de 2010, indicando acréscimo de 9,1% ante igual período de 2009.
 
O consumo das classes residencial e comercial também registrou taxas elevadas de crescimento: respectivamente 7,5% e 8,7%, decorrentes do calor excessivo verificado este ano. Pelo uso excessivo de aparelhos incentivado pelo clima quente, o representante da Cemat alerta para alguns cuidados que visam a economia de energia. "Tentar manter a porta e janelas sempre fechadas quando usar o ar condicionado, ou desligá-lo quando não tiver no ambiente, são atitudes que diminuem o consumo energético", destaca ele ressaltando que o refrigerador de ar está entre os aparelhos que mais consomem energia em uma residência. A tabela de estimativa mensal de consumo dos principais eletrodomésticos, elaborado pela Eletrobrás/Procel, exemplifica que, um ar condicionado de 7.5 mil BTU, usado por 30 dias, com duração média de 8 horas diárias, teria consumo mensal de 120 KWH (Quilowatt-hora). Dentro dessas mesmas considerações, o ventilador de teto consumiria 28,8 KWH, enquanto que o ventilador pequeno gastaria 15,6 KWH.
 
Dicas - Para economizar energia a Rede Cemat e a Superintendência de Defesa do Consumidor de Mato Grosso (Procon/MT) orientam os consumidores mato-grossenses a terem atitudes conscientes no uso de aparelhos. Evitar utilizar eletrodomésticos ou eletrônicos no horário de pico, usar a máquina de lavar roupas ou louças apenas quando estiverem cheias e não deixar aparelhos na função stand by, são algumas das atitudes a serem levadas em consideração.
 
Além disso, a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes incentiva a economia de energia. As ações devem ser consideradas mesmo no período fora do horário de verão, que neste ano, acabou à meia-noite do dia 20 de fevereiro e proporcionou uma economia de 17,0754 mil megawatts hora (MWh) de energia elétrica em Mato Grosso. Segundo a superintendente do Procon, Gisela Simona Viana de Souza, com o término do horário de verão cresce o número de consumidores que não entendem o acréscimo no valor da fatura de energia elétrica e procuram o Procon. "Nesse período a conta de energia geralmente fica mais cara, pois o consumidor recebe a diferença referente ao valor que antes economizava, pois ainda estava dia nas horas de pico", explica.
 
Pequenas atitudes fazem diferença no final do mês. E é por isso que que consumidora Solange Garcia, 29, se preocupa em não deixar aparelho ligados quando sai de casa. O uso de ventilador, segundo ela, também é racionado. "Somente quando estamos no ambiente que o aparelho é ligado". Além disso, Solange destaca o uso do chuveiro elétrico, que consome 70 KWH por mês. "A economia também acontece quando desligamos o chuveiro, principalmente quando o clima está muito quente".
 
Mas para a secretária Áurea Soares, 42, que defende integralmente o uso do ar condicionado, a opção ir a um ambiente climatizado, ajuda economizar energia em sua residência. "Se não estou no trabalho, vou para o shopping ou em outros lugares que têm ar condicionado ligado. Dessa forma, me defendo do calor e não fico em casa gastando mais energia".
 
Energia otimizada - Na construção civil, a economia de energia é uma regra. "Tentamos otimizar em cada uso de aparelho ou atitude para que o consumo energético não fique alta", diz o gerente regional da Vanguard Home, Márcio Ferreira. Segundo ele, a atitude de economizar energia impera tanto no campo de obra como na construção final. Ele explica que na etapa de projeto de uma construção, por exemplo, é levada em consideração a posição dos maquinários e materiais.
 
"Tentamos utilizar o mínimo dos equipamentos que utilizam energia". Ferreira ainda revela que a otimização dos horários e o aproveitamento da luz do dia são atitudes que ajudam na economia de energia. "Procuramos padronizar o trabalho. Se estamos construindo em um determinado andar, concentramos as ações nessa etapa, para que não seja utilizado o elevador, ou as máquinas em vários lugares".
 
De acordo com ele, na obra final,a economia de energia nos edifícios é incentivada pelo uso de sensores de luz, que são acionados quando há movimento de pessoas ou carros. O representante da Vanguard acrescenta que essas ações podem provocar uma economia de 15% a 20% na conta de energia elétrica.
 
Fonte: Jornal A Gazeta
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