Carnaval: setor aposta nas vendas
O comércio de Cuiabá espera aumento de 10% nas vendas de produtos carnavalescos. A expectativa é concentrada no movimento previsto para este fim de semana. Os lojistas acreditam que as compras de última hora devem aquecer a economia do setor neste mês. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), faz uma previsão mais cautelosa. Segundo o superintendente da entidade, Nelson Soares Júnior, o movimento neste carnaval deverá ser entre 2% a 3% superior do que o registrado no ano passado.
Ele explica que esse desempenho poderia ser melhor, considerando que "o consumidor tende a gastar com outras contas essenciais, com material escolar, IPTU e IPVA, ao invés de produtos para comemorar o carnaval". Porém, a lojista Samira Rafic Sayed acredita que a comercialização deve ganhar um incentivo, já que o início do ano letivo aconteceu antes do carnaval. "Normalmente as escolas preparam festas para comemorar o carnaval". Ela acrescenta que os preços das fantasias para crianças não sofreram alterações em relação ao ano passado.
"Os preços variam entre R$ 29 a R$ 135. Agradam todos os gostos e bolsos". Mas a comerciante acrescenta que até esta quinta-feira (11) as vendas estavam fracas. "A pressão maior é para o sábado. O brasileiro tem a mania de deixar para a última hora". A advogada Najisla Bucair sabe bem o que é isso. Na véspera da festa escolar da filha de 4 anos, saiu em busca de uma fantasia. "Sem tempo e com pressa, comprei uma fantasia pronta que encontrei na primeira loja que fui".
Ao contrário da advogada, o consumidor Luís Carlos Souza, preferiu comprar acessórios para compor a fantasia da filha, também de 4 anos. "Comprei enfeites como fitas e lantejoulas. São acessórios mais baratos que não deixam de caracterizar o carnaval", diz ao reclamar dos preços cobrados pelas fantasias customizadas de fábrica.
A lojista com mais de 30 anos de experiência, Myrian Cantão, da Kotinha Aviamentos, explica que a tendência dos foliões preparem a sua própria fantasia aquece o mercado de acessórios. "As pessoas querem coisas práticas. Usam a roupa que já tem em casa e colocam um adereço", diz a comerciante ao lembrar dos tempos em que vendia paetês e franjas para a costura de fantasias completas. Segundo o gerente de uma loja especializada, Eduardo Carneiro, o movimento está intenso. Conforme ele, a expectativa é de aumento, entre 30% e 40% nas vendas de máscaras, colares, entre outros adornos.
Fonte: Jornal A Gazeta
