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Terça, 01 de dezembro de 2009, 09h00
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Com baixa competição, juros do cartão de crédito seguem em alta


Uma modalidade emergencial de crédito que cresceu durante a crise foi o cartão de crédito. Segundo dados do Banco Central, o total emprestado alcançou R$ 25,6 bilhões em outubro deste ano, o que representa quase um quarto do crédito para pessoa física com recursos livres.
 
Entram nessa conta a parcela das faturas que não é paga na data de vencimento, os parcelamentos no cartão e os saques em caixa eletrônico.
 
Apesar do crescimento de 17% registrado em um ano, atrás apenas do crédito pessoal, esse volume de recursos também mostra estabilidade nos últimos meses, embora ainda não tenha apresentado uma tendência de desaceleração.
 
O levantamento do BC também mostra que o prazo médio desses empréstimos, que é de cerca de 30 dias, praticamente dobrou entre os meses de março e abril deste ano, mas já voltou ao patamar registrado há cerca de um ano.
 
Essa modalidade é também aquela na qual os juros apresentam uma maior resistência para recuar.
 
De acordo com levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), as taxas já se encontram abaixo do registrado no final de 2008 em todas as principais modalidades de crédito, exceto no cartão. O juro do cartão de crédito está hoje em 238% ao ano (10,7% ao mês), cinco pontos percentuais acima do patamar de dezembro.
 
Para o vice-presidente da Anefac, Miguel José de Oliveira, uma queda maior nessa taxa depende ainda do aumento na competição nesse setor. Essa é uma questão que está em discussão dentro do governo e que inclui a separação entre os diversos serviços prestados pelas empresas dessa área.
 
"Por isso o governo está mexendo nas regras da indústria de cartão. Mas a tendência é que isso mude e essas taxas também caiam", diz ele.
 
Fonte: Folha de S.Paulo
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