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Sexta, 22 de janeiro de 2010, 10h51
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Consumo estimula diminuição dos juros


Juros mais baixos são reflexos do aumento no consumo da população. A afirmação é do economista Vitor Galesso com base no desempenho da taxa média de juros do crédito bancário, que alcançou 34,3% no mês de dezembro, figurando como a mais baixa desde dezembro de 2007. Os dados fazem parte do Relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado nessa quinta-feira (21) pelo Banco Central (BC).
 
Segundo o Galesso, o aumento de consumo equivale a oferta de crédito iniciada pelos bancos. Ele diz que os resultados mostraram uma melhoria na economia brasileira que reduziu de forma gradativa ao longo dos anos, mas que se intensificou com a crise mundial ocorrida no final de 2008. "Apesar de ser baixa para a economia brasileira, ainda equivale ao dobro do que é registrado em países desenvolvidos".
 
Conforme o levantamento do BC, as taxas de juros das operações com pessoa física recuaram de forma mais significativa, ao longo do ano passado, do que nas contratações com pessoas jurídicas. Nesse caso, o custo médio para as famílias caiu 15,2 pontos percentuais no ano e fechou 2009 no patamar de 42,7% ao ano, menor nível da série histórica iniciada em 1994. Nos empréstimos para empresas, a taxa média de juros recuou 5,2 pontos percentuais ao longo de 2009 e chegou a 25,5% ao ano no mês passado.
 
O economista acrescenta que os bancos têm investido cada vez mais na pessoa física, mesmo considerando que para as empresas as taxas de juros ainda são menores do que para o trabalhador. Galesso acredita que o desempenho da taxa de juros deve se manter em 2010, apresentando poucas oscilações.
 
O relatório mostrou ainda que o spread bancário (diferença entre a taxa que o banco paga na aplicação do cliente e a taxa cobrada na concessão de empréstimo) recuou 0,8 ponto percentual no mês passado, situando-se na média de 24,3%. No ano a queda total foi de 6,4 pontos percentuais. Já a taxa de inadimplência, que corresponde a pagamentos com atrasos superiores a 90 dias, alcançou 5,6% no fechamento de 2009. Houve recuo de 0,2 ponto percentual em relação a novembro, mas teve incremento de 1,2 ponto percentual no ano. A inadimplência média ficou em 7,8% para pessoa física e em 3,8% para pessoa jurídica. O relatório do BC destaca que os recursos provenientes do décimo terceiro salário contribuíram para melhorar o perfil da carteira de empréstimos a pessoas físicas. (Com Agência Brasil)
 
Fonte: Jornal A Gazeta
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