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Quinta, 13 de maio de 2010, 10h11
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Dívida com cartões penaliza empresários e consumidores

A inadimplência do consumidor volta a preocupar os micro e pequenos varejistas, principalmente porque ela está ligada ao insistente acúmulo de dívidas dos cidadãos com os cartões de crédito, que penaliza tanto o consumidor quanto os lojistas. Em Cuiabá, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), José Alberto de Aguiar, não haverá campanha específica de combate à inadimplência, como ocorrerá no Brasil conforme anúncio feito nesta terça-feira (11) pelo presidente da confederação do setor (CNDL), Roque Pelizzaro Júnior. Porém o setor se preocupa com a dívida de longo prazo do consumidor, por representar peso na renda do cidadão, risco da falta de crédito e menos negócios.

O custo dos cartões também já perturba as contas dos empresários, pois 18% de todas as transações efetuadas no país ocorrem por meio dos cartões, segundo a CNDL. A organização apurou que 35% da inadimplência corresponde à falta de pagamento de faturas de cartões de crédito, de acordo com uma pesquisa realizada no final de 2009 em 6 grandes capitais, exceto São Paulo. O presidente da CDL diz que o governo federal e o Congresso Nacional precisam regulamentar as transações com o dinheiro de plástico. Embora tenha dito que a partir de junho haverá unificação de uma mesma máquina para passar todos os cartões e reduzir o custo ao lojista, o uso da modalidade faz o consumidor girar um crédito rotativo com juros altos. "As taxas são um absurdo, de 11% a 12%. Elas estão levando a classe C e D para a inadimplência. As dívidas viram uma bola de neve". Por isso, diz, para todo o comércio cuiabano haverá uma máxima de dizer "Quero Meu Consumidor de Volta". O mote não é uma campanha em si, mas uma reflexão dos empresários. Ele também reclama do reembolso das vendas das operadoras de cartões para os comerciantes, ao comparar que fora do Brasil, o prazo de retorno do dinheiro pago é de 7 dias e aqui chega a 30 dias. Outro custo que prejudica o negócio é a taxa de administração das operadoras. Ele diz que no setor corre a sugestão de que a taxa cobrada seja 3,5% para reembolso de 7 dias, 2,5% para 15 dias e de 1,8% para 30 dias. O presidente da CDL informa que há um gasto médio de 4,5% com impostos simplificados das micro e pequenas empresas com o Supersimples, e de até 10% de custo com cartões, segundo dados da CNDL.

Inadimplência - Apesar da preocupação, dados da CDL Cuiabá/Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostram que o cuiabano tem procurado honrar o pagamento das suas dívidas, para limpar o nome e ter poder de compra, conforme comparação dos dados de 2008 e 2009. "Novembro de 2009 para novembro de 2008 mostrou acréscimo de 30,95% no número de pessoas tirando seu nome do SPC. Ou seja, mais pessoas buscando "habilitar" o nome para ter seu crédito aprovado e fazer compras". No acumulado até abril, em relação a igual período de 2009, houve queda de 0,32% no número de registros no sistema. (Com Assessoria)

Fonte: Jornal A Gazeta

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