O fechamento do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, pelo Ibama, na opinião do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas-FCDL/MT, Paulo Silva, foi feito de forma precipitada, “podendo prejudicar o comércio local, gerando desemprego e resultados ruins no desenvolvimento socioeconômico da região”, ressalta ele.

            “A economia do Município, principalmente do varejo e prestação de serviço, está diretamente ligada ao desempenho da atividade turística”, fala o presidente da FCDL/MT, “portanto, esta questão deve ser melhor tratada pelo poder público, de forma que a segurança dos visitantes seja resguardada, bem como os canais de crescimento da região”.

            De acordo com o turismólogo da Secretária de Turismo da Chapada, Enymar Ataíde, o laudo da Defesa Civil apontou que o isolamento deveria ser feito “apenas na trilha da Cachoeira do Véu das Noivas e não em todo o Parque”. Enymar completa que 30 metros de afastamento do acesso das pessoas ao local é suficiente para evitar quaisquer acidentes. “Além desta medida, bastava a adequação das trilhas de visitação guiada para roteiros longe da área de risco até que saia o Plano de Manejo”, conclui.

             Citando dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo e Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário-IBPT, nos quais aponta-se Chapada dos Guimarães, de 1 de janeiro até a data de hoje, como tendo pago cerca de R$ 7.460.311, 50 de tributos, o presidente da Federação enfatiza a necessidade de que estes recursos voltem em benefícios que trarão resultados positivos para uma maioria, a exemplo do manejo urgente e adequado destas áreas de riscos da Chapada. “Com tal, incentiva-se a atividade turística e protege-se a população”, coloca.

            Outros pontos – O turismólogo Enymar lembra que o Parque Nacional de Chapada tem vários roteiros turísticos, “com praticamente risco zero para os visitantes” e, por tal, não poderia ser fechado. “Entre os exemplos, temos o Caminho das Pedras (formações rochosas), Circuito das Águas (com 6 cachoeiras) e o Mirante do Morro de São Gerônimo”. Enymar destaca ainda que o Parque é uma das grandes rotas internacionais e nacionais do turismo, mas, na Chapada há outros pontos de visitação interessantes e que devem ser conhecidos. “Temos a Lagoa Azul, a Caverna Aroe Jari (maior caverna de arenito em extensão do Brasil), Cachoeira do Marimbondo, entre outros”.