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Sexta, 22 de janeiro de 2010, 10h52
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Financiamento é recorde em 2009


O financiamento imobiliário com recursos da poupança foi recorde em 2009, em valor e em número de unidades, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), divulgados nesta quinta-feira (21). O valor financiado chegou a R$ 34,017 bilhões, o que representa crescimento de 13,3% em relação aos R$ 30,032 bilhões de 2008. Foram financiadas 302,680 mil unidades, superando as 299,746 mil do ano anterior, que também tinha sido recorde.
 
O crédito habitacional com recursos da poupança deve crescer 50% em 2010 na comparação com o ano passado conforme projeção da Abecip, chegando a R$ 45 bilhões. A entidade estima, ainda, financiamento recorde de 400 mil a 450 mil unidades. O crédito imobiliário com recursos de poupança aumentou 51% no mês de dezembro, para R$ 3,829 bilhões. O número de unidades financiadas foi de 31,688 mil, 24,45% acima do registrado em dezembro de 2008.
 
No ano passado, a captação líquida (depósitos menos retiradas) dos recursos da poupança destinados ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) aumentou 11,05%, para R$ 23,805 bilhões. Em dezembro, a captação líquida cresceu 2,92%, para R$ 7,164 bilhões.
 
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz Antonio França, os recursos de poupança devem ser suficientes para financiar o crédito imobiliário nos próximos 3 ou 4 anos. Atualmente, a poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) são as principais fontes de recursos para o financiamento imobiliário.
 
Na avaliação do presidente da Abecip, para que a participação de instrumentos de securitização como fontes de financiamento do setor aumente será preciso que as carteiras imobiliárias tenham outros indexadores, que não a TR, índice que remunera a poupança. "Quando começarmos a gerar carteiras que utilizem outros indicadores, poderemos ver a indústria de securitização tendo mais força", afirma França, citando entre os instrumentos de securitização os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e os fundos de investimento imobiliário (FIIs).
 
Questionado se a mudança poderia encarecer o valor cobrado pelo crédito, o presidente da Abecip diz que isso vai depender de fatores como inflação. Em 2007, 2008 e 2009, a participação da caderneta de poupança foi mantida em 11% do total. "Em 2009, houve discussão se estaria havendo migração de fluxo de recursos para a poupança. Essa participação inalterada comprova que não havia necessidade de se mexer na poupança", afirma o presidente.
 
Fonte: AE
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