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Segunda, 09 de novembro de 2009, 10h23
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Indefinição sobre IPI zero para 'linha marrom' decepciona Abimóvel


O presidente da Abimóvel (Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário), José Luiz Diaz Fernandez, lamentou a decisão do Governo Federal de manter por mais três meses os descontos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para produtos da chamada 'linha branca' (geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos). No anúncio feito nesta última quinta-feira, (29), em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não anunciou a extensão do benefício aos produtos da 'linha marrom', decepcionando o setor moveleiro, que esperava uma posição favorável do governo, depois de muita luta nos últimos anos.

Fernandez é favorável a medidas que desonerem a escala produtiva no País, mas considera a postura equivocada quando um setor é beneficiado e outro prejudicado. Ele se refere à migração do consumo de móveis para os produtos da 'linha branca', em virtude dos incentivos fiscais, conforme relatam representantes do setor. Os negócios da linha marrom estão caindo 10% ao mês, enquanto os de eletrodomésticos crescem a 6%. “Queremos o mesmo tratamento”, desabafa o presidente da Abimóvel.

A entidade vem pleiteando a redução do IPI dos móveis de 5% para zero e dos painéis de madeira, insumo básico para a produção do setor, de 10% para 5%, por um período de seis meses. “Os impactos dessa medida seriam formidáveis. Teríamos a manutenção dos empregos, o acréscimo da força de trabalho e um aumento de arrecadação do governo com impostos em 12%, tanto na esfera estadual quando na federal, o que representaria um montante aproximado de R$ 100 milhões”, ressalta.

José Luiz Diaz Fernandez esteve reunido por diversas vezes com representantes do Governo Federal para apresentar estudos preocupantes em relação ao setor, sendo que o último encontro aconteceu dia 19 de outubro, em Brasília, com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e contou com a participação do diretor de planejamento da Abipa (Associação Brasileira das Indústrias de Painéis de Madeira), Irineu Govea; além de mebros da diretoria.

O presidente da Abimóvel também reuniu-se, em várias oportunidades, com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge; com o ministro do Trabalho, Carlos Luppi; com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho; com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Henrique Barbosa; com o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira; e com o secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo. José Luiz Diaz Fernandez esteve, ainda, com o deputado federal paulista Cândido Vaccarezza, líder do PT no Congresso Nacional, e com o senador Paulo Paim (PT/RS).

Crise econômica
No Brasil, a cadeia produtiva do setor moveleiro é formada por 17 mil empresas de móveis (mais 70% delas são micro e pequenas empresas com até 14 funcionários), responsáveis pela geração de aproximadamente 237 mil empregos formais, sendo a nona força de trabalho no País, segundo o IBGE. Merece destaque, também, o fato de que 90% dos insumos dos móveis são produzidos no País, sendo 100% de madeira de reflorestamento provenientes de 500 mil hectares de florestas plantadas, segundo pesquisa realizada pela Abimóvel.

Fonte: Abimóvel/Sebrae
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