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Sexta, 10 de setembro de 2010, 14h08
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Inflação oficial fica "zerada" no mês de agosto

A inflação que baliza o regime de metas do Banco Central (BC), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve leve aceleração de julho para agosto, passando de alta de apenas 0,01% para alta de 0,04%, resultado que ficou no piso das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que variavam de 0,04% a 0,19%.

Os produtos alimentícios tiveram deflação de 0,24% em agosto, ante queda de 0,76% em julho. Desse modo, a contribuição do grupo alimentação e bebidas para índice do mês passado foi de -0,05 ponto porcentual, ante -0,17 ponto porcentual de contribuição no mês anterior. Já os produtos não alimentícios registraram variação positiva de 0,12% em agosto, ante alta de 0,24% em julho.

Até o mês passado, o IPCA acumula altas de 3,14% no ano e de 4,49% nos últimos 12 meses. No acumulado dos últimos 12 meses, se o preço dos produtos alimentícios foi o principal responsável pela elevação da inflação num patamar acima de 5% até abril, também foram determinantes para a redução da taxa no mesmo intervalo de 12 meses para abaixo do centro da meta, de 4,5%, em agosto.

O resultado acumulado no período até o mês passado representou a menor variação desde dezembro do ano passado (4,31%), segundo a coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos. Ela destacou que, em agosto, a inflação mensal medida pelo IPCA ficou "zerada" pelo terceiro mês consecutivo, após variação zero em junho e ligeira alta de 0,01% em julho. No acumulado dos últimos três meses (junho, julho e agosto), o IPCA subiu apenas 0,05%. "Se a taxa fosse divulgada com uma só casa, isso equivaleria a zero", sublinhou Eulina.

No mesmo período acumulado, os alimentos registraram queda de 1,89%, com recuos em junho (-0,90%), julho (-0,76%) e agosto (-0,24%). "Os alimentos tem tido influência muito expressiva na inflação deste ano", disse. Apesar da trajetória favorável dos preços dos itens alimentícios nos últimos meses, Eulina destacou que, na passagem de julho para agosto, houve uma pequena aceleração nesse grupo de produtos, influenciada por problemas climáticos no Brasil e em países como a Rússia, com impacto em alimentos como trigo e soja.

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