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Quarta, 17 de fevereiro de 2010, 14h33
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Perto de escolas, ruas viram propriedade


O ano letivo de 2010 começou. Junto com ele, o tumulto no trânsito em frente aos portões das escolas, onde os carros ficam parados em fila dupla ou em locais proibidos para o embarque e desembarque dos estudantes. A confusão no meio da rua atrapalha os demais motoristas e põe em risco a vida da própria garotada.

 

Durante a semana a reportagem do Diário acompanhou, em horários e dias diferentes, a circulação de veículos em frente a alguns estabelecimentos de ensino e flagrou carros estacionados sobre calçadas, locais proibidos e em fila dupla.

 

Em nenhum deles havia fiscalização, problema que, somado ao desrespeito à legislação, deixa o trânsito lento e engarrafado em áreas centrais e de grande movimento.

 

Algumas unidades até tentam amenizar o problema. Além de portões distintos, procuram escalonar os horários de entrada e saída dos estudantes. O que nem sempre dá certo.

 

É quinta-feira, onze e meia da manhã. Toca a campainha do Colégio Isaac Newton (CIN), na rua Pedro Oliveira Guimarães, bairro Baú. Uma turma de alunos começa a sair. Antes, a poucos metros dali, já há motoristas encostando ou parando os carros no meio da rua Corumbá, pista estreita onde fica a outra unidade do colégio, bem ao lado de um hospital particular.

 

O trânsito já é lento. Às 12 horas, mais uma vez toca a campainha do CIN, que fica na Pedro Oliveira. Outra turma de estudantes começa a sair. A partir daí, a fila de carros, além das vans, toma conta de todo o quarteirão e as irregularidades cometidas pelos condutores são muitas.

 

“Não tem estacionamento. Depois, foi rapidinho, só para pegar o filho na escola”, justifica uma motorista que parou em local proibido, correndo até mesmo o risco de ter o carro atingido por outro veículo. Alegando pressa, ela não se identifica.

 

Problemas semelhantes foram presenciados na segunda-feira, no final da tarde, ao redor do Colégio São Gonçalo, localizado entre as avenidas Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Dom Bosco, centro da Capital. Lá, vans e carros particulares ocupam uma das quatro faixas de rolamento da movimentada avenida e ficam parados por vários minutos até que as crianças e os adolescentes entrem ou saiam de dentro do veículo.

 

Enquanto isso, o congestionamento vai se formando nas outras faixas da pista. Impacientes alguns motoristas buzinam. O problema se estende pela Dom Bosco, onde fica outro portão do colégio.

 

Os pais ou responsáveis param no meio da rua e ficam segundos ou minutos esperando a garotada entrar, sem se importar com quem está atrás. Passar dos 20 quilômetros por hora é impossível. Além disso, os estudantes também se arriscam ao atravessar ou entrar na pista em frente aos veículos.

 

“Já estou aqui há cinco minutos. Tem que ter paciência, mas acho que deveriam ter uma alternativa”, comenta o motorista Gonçalo de Campos que tenta trafegar pelo trecho de aproximadamente 200 metros.

 

Outro condutor zomba do comportamento dos pais no trânsito. “Acho interessante isso. O pai paga uma grana preta com escola particular e deseduca o filho parando o carro em qualquer lugar”, compara o estudante universitário José Santana.

 

Já ao redor do Colégio Coração de Jesus o trânsito fluía com certa normalidade na segunda e terça-feira passada, apesar de lento em determinados momentos. Porém, os exemplos de falta de respeito no trânsito também persistiam.

 

 

 

Fonte: Diário de Cuiabá

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