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Segunda, 16 de novembro de 2009, 10h36
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Revolução digital *Por Luiz Eduardo Falco


O século 20 e o início do presente são marcados pelo extraordinário desenvolvimento tecnológico. Entre as mudanças mais significativas ganham destaque os avanços na área das comunicações, que culminaram na globalização social, econômica e cultural, hoje avançada em grande parte do planeta. Dentro desse cenário, o setor de telecomunicações no Brasil passou por uma significativa transformação a partir de 1997, com a aprovação da Lei Geral, a abertura do mercado e a privatização do Sistema Telebrás, em 1998. Desde então, o número de linhas fixas instaladas no país cresceu de 20 milhões para 40 milhões em apenas seis anos, chegando a 55% das residências brasileiras. Nesse período, teve início, como uma segunda onda, o desenvolvimento da telefonia móvel, que alterou a dinâmica e os fundamentos do setor. De 1998 a 2008, o número de linhas de telefonia móvel passou de 7 milhões para 151 milhões, o que significa 81% de penetração, considerados os habitantes do Brasil.
 
Agora está em curso no Brasil uma nova e silenciosa revolução, com a banda larga numa terceira onda. Desde o ano passado, a infraestrutura para conexão digital à internet (backhaul) passou a ser uma das metas de universalização dos serviços de telefonia fixa em substituição à exigência de que as concessionárias instalassem postos de serviços de telecomunicação (PST), previstos originalmente por linha discada. Até o final de 2010, a meta é levar simultaneamente a essa infraestrutura banda larga de 1 Mbps para todas as escolas públicas urbanas, dos ensinos fundamental e médio, alcançando 57 mil escolas e 37 milhões de estudantes; em seguida, duplicar as conexões para 2 Mbps. Para ter uma ideia do que isso significa, em 2003, apenas 10% das escolas públicas do Brasil tinham acesso à internet. Em meados de 2009, o país já contabiliza 50% das escolas com banda larga e 24 milhões de alunos de escolas públicas incluídos no mundo digital da internet.
 
Nesse contexto, é importante não perder de vista o aspecto mais fundamental, e talvez mais desafiador do que a implantação de tecnologia, a inclusão social. Ela só é possível com a combinação da disponibilidade da infraestrutura com o desenvolvimento e aplicação de metodologias de ensino capazes de trazer para o universo digital uma população anteriormente alijada desse sistema. A capacitação de professores, a formação de multiplicadores e a qualificação profissional são indispensáveis para que as escolas e seus alunos possam usufruir as novas possibilidades que a expansão da rede de banda larga apresenta. Bases de dados, acervos de bibliotecas, notícias e instituições de pesquisa estão cada vez mais disponíveis na rede, em um ambiente virtual de informação e conhecimento que vai sofrer expansão fortemente à medida que a convergência digital avance. Formar profissionais capazes de atuar nesse ambiente é indispensável para a efetiva transformação de informação em desenvolvimento. Para isso, o único caminho é a educação.
 
A Oi tem colaborado nesse âmbito: por meio do projeto Tonomundo, escolas afiliadas no Brasil e em Moçambique (África) criam projetos comunitários com uso de ferramentas virtuais, beneficiando mais de 650 mil alunos e 7 mil professores. Por sua vez, o programa Nave, no Rio de Janeiro, é voltado para a pesquisa e desenvolvimento de soluções educativas que capacitem os jovens para profissões na área digital. A inclusão digital é indispensável para que o Brasil seja capaz de explorar todo o potencial do novo panorama econômico mundial. Mais do que expandir o acesso à transmissão de voz, a banda larga representa a modernidade, já que abre para os cidadãos o mundo da internet, isonômico para as pessoas onde quer que elas morem. É um mundo da distribuição do conhecimento, da educação e de novas ferramentas de gestão, que permitirá um grande ganho de produtividade para vários segmentos da sociedade brasileira.
 
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