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Terça, 15 de dezembro de 2009, 07h11
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Software é campo fértil para MPEs

  O uso da tecnologia para impulsionar os negócios movimenta um mercado que se expande rapidamente no Brasil. Segundo o estudo Software e serviços de TI: a indústria brasileira em perspectiva, da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), o segmento de Tecnologia da Informação (TI) mantém uma taxa de crescimento médio de 7,8% ao ano. A partir desta perspectiva, diz a entidade, o faturamento da indústria de TI deve atingir os R$ 44,5 bilhões em 2009.

O amplo segmento classificado na pesquisa como Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI (IBSS) vê o número de empresas crescer a cada ano. De acordo com o estudo, à exceção do período entre 2003 e 2004, o IBSS mantém uma expansão média de 4,8% ao ano. Até o final de 2009, projeta a Softex, cerca de 67,8 mil companhias estarão
em operação no País.

Segmentos como os de outsourcing e desenvolvimento de softwares sob encomenda, entre outros, estão entre os mais quentes do setor.

As empresas da IBSS são, em geral, pequenas e micro. Em 2005, 83,9% do total possuíam até quatro pessoas ocupadas. Em 2007, a participação das MPEs se mantinha elevada: 84,3%.

Barreiras baixas à entrada de novas empresas no mercado e as chances maiores, comparativamente a outras atividades econômicas, de sobrevivência nos cinco primeiros anos de vida, também explicam o número elevado de empresas de pequeno porte.

O crescimento constante do setor também se reflete na expansão de sua força de trabalho. Entre 2003 a 2006, o número de trabalhadores na indústria, incluindo proprietários com atividade na empresa, assalariados e sócios cooperados, cresceu a uma taxa média anual de 12,6%. Para este ano, diz o estudo, o mercado de trabalho contará 540 mil pessoas e, entre os ocupados, o conjunto que mais cresce é o de assalariados.

"A indústria atende atualmente todos nichos de mercados, do varejo à saúde e, embora os maiores clientes sejam do sistema bancário, um dos mais afetados pelas turbulências financeiras, o ano foi extremamente positivo. Alguns segmentos sentiram os efeitos da crise, outros nem tanto, mas observamos um otimismo muito grande entre os empresários. O certo é que o setor cresce, anualmente, sempre com taxas superiores à expansão do Produto Interno Bruto (PIB)", diz John Forman, diretor de Inovação e Capacitação da Softex.

Segundo José Curcelli, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o mercado interno foi o principal cliente do setor este ano. "O Brasil tem suas especificidades. No segmento de software, por exemplo, grandes empresas costumam comprar produtos de companhias do mesmo porte. E as pequenas, que são maioria, onde entram? Para elas, a saída foi apostar nas MPEs, oferecendo soluções e serviços mais baratos", completa o executivo, que estima uma expansão de 12% no mercado de softwares brasileiro em 2009.

Além de atender e abastecer o mercado interno, a indústria de TI vai aos poucos estendendo seus tentáculos para o exterior. Dados da Softex apontam que a exportação de produtos e serviços brasileiros na área cresceram cerca de 397% nos últimos três anos, pulando de US$ 604 milhões em 2006 para US$ 3 bilhões este ano. "O mercado consumidor é muito pulverizado, mas há destinos com muito potencial, como o Japão, especialmente no segmento de aplicativos para celular, e os países de língua portuguesa", diz Forman.

Fonte: Jornal do Commércio

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