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Quinta, 19 de novembro de 2009, 09h52
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Tigre pantaneiro reage


Mato Grosso, mesmo sob o efeito da crise do agronegócio, manteve ritmo chinês e registrando a maior expansão do PIB no Brasil
 
Mato Grosso vivenciou um ritmo de crescimento chinês em 2007, tornando-se naquele ano o Estado cuja economia mais cresceu. Dados divulgados ontem pelo IBGE mostram que toda a riqueza de Mato Grosso ficou 11,3% maior em 2007 comparando-se com o ano anterior. No mesmo ano, a China, o país de economia mais pujante no planeta, avançou 11,9%.
 
Mais do que crescer a taxa chinesa, a performance de Mato Grosso se destaca duplamente, pois no ano anterior o PIB havia recuado 4,6%, em razão da crise no agronegócio estadual, desencadeada pelo desequilíbrio entre receita e despesas do custo de produção. “Além de recuperar o que perdemos em 2006, ficamos no mesmo patamar de crescimento da China. Crescimento fora do comum e ainda manteve percentual praticamente duas vezes a mais que o PIB nacional”, aponta o secretário de Estado de Fazenda, Éder Moraes.
 
A segunda colocação ficou com o Maranhão (9,1%), seguido do Espírito Santo (7,8%) e São Paulo (7,4%). Já o Piauí (2%) e a Paraíba (2,2%) tiveram os piores desempenhos. Em 2007, o país cresceu 6,1%.
 
Se for comparada a série histórica, o Estado também se mantém na liderança. Entre 1995 e 2007, a riqueza de Mato Grosso dobrou de tamanho, crescendo espantosos 111,5% - e foi o único que atingiu a casa dos três dígitos. É como se um outro Mato Grosso brotasse do chão num intervalo pouco superior a uma década. Nestes doze anos, a participação da economia mato-grossense na brasileira saltou de 1% para 1,6%. Em segundo lugar na série está Amazonas (96,1%).
 
“Mato Grosso, principalmente com os resultados do PIB de 2007, demonstra sua grande capacidade de reação”, completa. Moraes lembra ainda que em 2003 o PIB era de R$ 21 bilhões e que as projeções apontam para um PIB de R$ 55 bilhões em 2010. “Confirmando os números, teremos triplicado a economia mato-grossense e cerca de 80% deste crescimento se deu durante a gestão do governo Blairo Maggi”.
 
AINDA MAIOR - Com os novos números, Mato Grosso amplia ainda mais sua superioridade sobre o Mato Grosso do Sul. O PIB mato-grossense foi de R$ 42.687 bilhões em 2007, cerca de 51% a mais do que os R$ 28.121 bilhões do Estado vizinho.
 
O ano de 2007 foi de recuperação para Mato Grosso, cuja economia havia recuado 4,6% no ano anterior em razão da crise na agropecuária, sentida entre 2005 e 2006.
 
A reação, como elenca o secretário de Fazenda, foi promovida por diversos fatores. Entre os principais – dentro de uma economia dependente do agronegócio – está a recuperação dos preços das commodities, como também medidas que permitiram o refinanciamento desta atividade. “Depois da performance do agronegócio e da expansão da produção agrícola, contribuíram para retomada do ritmo chinês a mudança sobre o perfil fornecedor de matéria-prima (in natura) para produtos processados, ou seja, ao invés do grão da soja, exportar o óleo da soja ou o farelo”, explica. O secretário lembra que a política de incentivo fiscal executada pelo Estado teve grande influência sobre esta inversão de matriz econômica, “já que nos últimos anos grandes conglomerados se instalaram em Mato Grosso”.
 
PER CAPITA - Em relação ao PIB per capita, que é a soma das riquezas dividida pela população, o Distrito Federal mantém-se na primeira posição, com R$ 40.696, seguido de São Paulo (R$ 22.667) e Rio de Janeiro (R$ 19.245). Mato Grosso aparece em oitavo lugar, com um PIB per capita de R$ 14.954. O do Mato Grosso do Sul chega a R$ 12.411. A média brasileira é de R$ 14.465.
 
Desde 1995, os oito estados com os maiores PIB são os mesmos – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal. A diferença é que há doze anos o conjunto da riquezas deste grupo representava 81,5% do PIB brasileiro. Em 2007, estava em 78,7%.
 
Fonte: Diário de Cuiabá
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