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Segunda, 07 de junho de 2010, 17h32
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Consumo verde e amarelo


 

   O varejo cuiabano, desde o setor de aviamentos até de áudio e vídeo, tem razões de sobra para celebrar a participação da seleção brasileira de futebol na Copa da África do Sul, que começa no dia 11, sexta-feira. Mais do que isso, o mês de junho poderá ser a redenção para segmentos lojistas que ainda não decolaram em 2010. Afinal, além do apelo consumista em busca do hexacampeonato, há o Dia dos Namorados e também as festas juninas. Pelo volume de festividades, o mês poderá contabilizar a maior movimentação financeira deste primeiro semestre.
   Esse sentimento patriota que movimenta milhões e gera novos postos de trabalho já está estampado nas vitrines das lojas, na decoração de empresas, residências, órgãos públicos, parques, ruas e outros ambientes.
   As cores da bandeira do Brasil, especialmente o verde e o amarelo, impulsionam as vendas de uma infinidade de produtos criados para os torcedores. Mas a procura maior continua sendo pelos itens já considerados tradicionais ao longo das dezoito edições do mundial como bandeira, camiseta, apito, cornetas, boné e aparelhos de televisão, este último aparece no topo da lista dos mais vendidos.
   Algumas lojas não economizaram na oferta de opções do “kit torcedor”. Muitas estão misturando o futebol com o universo caipira como forma de aproveitar o período de festas juninas, que também é importante para a economia.
   Na Mundo Festa, por exemplo, instalada no centro histórico de Cuiabá, oferta mais de 200 itens de mercadorias relacionadas à Copa. Lá o consumidor encontra, seja por atacado ou no varejo, desde um apito no valor de R$ 1 até bandeira nacional por R$ 146.
   O consumidor mais empolgado com o mundial pode também sair de visual novo, usando peruca e camiseta e com buzina ou apito na mão por pouco mais de R$ 30, ou ousar com adereços menos convencionais, como os bonés com chifres e as perucas moicanas.
   O diretor da Mundo Festa, Sid Sousa, espera um aumento de 20% nas vendas em relação à Copa de 2006. Conforme Sousa, a expectativas é de que a procura aumente ainda mais se a seleção tiver um bom desempenho durante a Copa, a começar pelo jogo de estréia, no dia 15, quando enfrenta a seleção da Coréia do Norte.
   Mara Couraça, que há décadas é proprietária de uma loja atacadista de tecidos na região do Porto, a Tex Norte, estima um aumento de 40% na venda de produtos com as cores da seleção.
   Na loja dela, as cores lisas do verde e amarelo são as que mais atraem os consumidores. Entretanto, a loja oferece tecidos em malha florais, listados e outras estampas.
   Apesar de ter a indústria de camisetas como seu principal consumidor, Mara diz que o tecido é uma mercadoria que permeia todos os públicos e classes sociais.
   Comprar bandeiras do Brasil por metro, confeccionadas em TNT (Tecido Não-Tecido), se transformou em “febre” nessa Copa. Também pudera. Com um metro do TNT se adquire dois símbolos prontos com custo de R$ 2,49.
   Na Casa das Linhas, uma das lojas de aviamentos mais antigas do Cuiabá, com sede no bairro do Porto, 7 mil metros desse falso tecido não duraram um mês. A loja, como havia apostado no aumento das vendas, já recebeu novas encomendas.
   Vendedor da casa há 16 anos, Joilson José Ribeiro, disse que a movimentação da Copa chega a se assemelhar com a do Natal, a melhor data em vendas. “Tudo que for verde e amarelo tem venda garantida”, completou.
   No Shopping dos Camelôs, o bairro do Porto, o maior centro popular de compras, com 390 bancas, os comerciantes estão animados com a Copa do Mundo. Para estimular as vendas, até pintaram os corredores com as cores da bandeira.
   Para o presidente da associação comercial local, Misael Galvão, Copa pode ser melhor que o Dia das Mães, já que são diversos dias de comemoração, e chegar ao final com aquecimento de mais de 20% nos negócios no período.

 

Fonte: Diário de Cuiabá

 

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