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Terça, 10 de agosto de 2010, 16h40
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Emprego, consumo e crédito vão manter economia aquecida no 2º semestre


   O nível de emprego, o poder de consumo dos brasileiros e a oferta de crédito deverão ajudar a manter o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas de um país) no segundo semestre, só que em ritmo mais moderado. A expectativa consta em um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta segunda-feira (9).

   Segundo o documento, entre os fatores que podem influenciar positivamente o PIB está “o estímulo ao poder de compra da parcela de consumidores de baixa renda, em razão do aumento do salário mínimo e da manutenção dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família”.

   O mercado de trabalho aquecido também será um dos pilares para o crescimento da economia nos últimos seis meses deste ano. De acordo com o comunicado, “os resultados positivos observados no mercado de trabalho têm contribuído de maneira importante para estimular os níveis de consumo”.

   - Através do aumento do emprego formal, mais pessoas passam a ter acesso não somente à renda proveniente do salário, mas também ao mercado de crédito, que está associado ao consumo de bens com maior valor agregado.

   A oferta de crédito deverá permanecer em alta no segundo semestre, o que poderá gerar “impacto positivo nos setores de bens duráveis e da construção civil”.

   A expansão do crédito tem sido de grande importância para explicar o bom desempenho da economia. A maior concorrência entre os bancos, a expansão do crédito consignado, a extensão dos prazos para os financiamentos etc. todos estes elementos têm tornado o crédito mais acessível ao consumidor, estimulando setores importantes da economia.

   O crescimento da economia brasileira poderia ser maior, segundo o Ipea, se não fosse a retirada dos estímulos ao consumo, “como o fim da redução do IPI (imposto sobre produtos industrializados) para alguns setores”.

   O instituto aponta ainda que o “início de um ciclo de aumento da taxa básica de juros” também influencia negativamente no crescimento. Com a Selic maior, ocorrerá “o encarecimento do crédito, a contração dos prazos e o aumento da seletividade nas novas concessões, afetando diretamente o consumo das famílias”.

   Segundo o Ipea, o grau de endividamento das famílias e a incerteza quanto ao cenário externo também são fatores que podem frear um crescimento maior da economia brasileira até o fim do ano.

   O estudo do Ipea volta a afirmar o que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em maio deste ano. Na ocasião, com base na redução das vendas de veículos em abril e maio, Mantega projetou que o Brasil teria expansão menor nos últimos trimestres de 2010. Segundo o ministro,o Brasil deverá encerrar 2010 com um crescimento entre 5,5% e 6%.

 

Fonte: R7

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