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Segunda, 22 de novembro de 2010, 10h34
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Estudo da Fiemt desmistifica a saída pelo Pacífico

A eliminação de gargalos que emperram a integração Amazônica e oneram a competitividade de grandes polos nacionais de produção requer investimentos da ordem de R$ 14 bilhões. Se os recursos fossem aplicados imediatamente, em aproximadamente cinco anos, o custo logístico em vigor dentro dos noves estados que compõem a Amazônia Legal poderia reduzir em cerca de R$ 1 bilhão ao ano. Hoje, este custo total abocanha R$ 17 bilhões da economia, cifras muito acima dos valores demandados para solucionar, por um período de mais de uma década, os gargalos da competitividade regional.

 

O dado faz parte de um estudo inédito divulgado ontem pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), chamado de “Projeto Norte Competitivo”, lançado durante o II Fórum Estadual de Infraestrutura de Transportes, realizado na sede da entidade. O estudo traz alternativas viáveis de investimentos a curto e médio prazos para garantir, à produção agropecuária e industrial da região, competitividade no mercado internacional, principalmente em relação ao frete. As soluções estão sendo levadas a cada um dos estados que integram a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e serão oficialmente entregues em fevereiro de 2011 às autoridades federais, em um ato que vai reunir ministros e os novos governadores e senadores do país.

 

O evento, entre outras autoridades estaduais, teve a participação do governador do Estado, Silval Barbosa, que recebeu do presidente em exercício da Fiemt, Jandir Milan, a “Agenda Mínima da Infraestrutura de Logística e Transportes de Mato Grosso”, que reúne obras essenciais para dinamizar a economia estadual e principalmente, desonerar o custo logístico de produção. O diretor Geral do Departamento de Infraestrutura Nacional de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, participou do ato e fez um balanço das obras em andamento no Estado e na região e garantiu que com a união de forças entre setores produtivos e governos (estadual e federal), “em 2014 a situação estadual estará completamente diferente, não apenas para Mato Grosso, como também em outros estados vizinhos, o que garante competitividade aos produtos na exportação”.

 

ESTUDO - Para Milan, a entrega do estudo – que demandou mais um ano de pesquisas e visitas in loco – é o marco para o segmento. “Esses dados colocam fim ao ‘achômetro’. Os resultados estão sedimentados sobre critérios técnico-científicos e mostram o que deve fazer, porque este ou aquele eixo é mais rentável (tanto para quem transporta como para quem for construir) e o melhor, o que tem de ser aplicado para viabilização. Cabe agora, aos nove estados, mobilizar suas bancadas federais e governos estaduais para obtenção de recursos”. Conforme Milan, a Amazônia Legal soma 27 senadores, um terço da bancada nacional. “Vamos agir em bloco como sempre fizeram o Sudeste e o Nordeste. Vamos cobrar a contrapartida nacional de toda contribuição que damos ao superávit da balança comercial”.

 

Milan argumenta que o Estado contabilizou até o mês passado o terceiro maior superávit da balança comercial no Brasil: US$ 6,5 bilhões. O valor é a diferença entre os volumes (cifras) exportados e os importados. Minas Gerais lidera com saldo de US$ 16 bilhões, seguido do Pará com US$ 9 bilhões. “Veja como são as coisas: o Brasil tem expectativa de findar 2010 com saldo de US$ 16 bilhões. Se somarmos o superávit do Pará e de Mato Grosso, dois estados considerados periféricos, garantimos o resultado de um país. E é essa a moeda de troca que temos a oferecer à União para provocar investimentos em logística para ampliar a capacidade de transporte da Amazônia Legal e, assim, contribuir muito mais para o desempenho nacional. São Paulo, o maior exportador, sofre com a defasagem cambial e acumula déficit de US$ 13 bilhões em 2010”. (Marianna Peres). Veja esta e outras notícias no www.diariodecuiaba.com.br

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