O Brasil tem 21 milhões de empreendedores, cujas empresas têm até 3 anos e 6 meses de atividade. É o que mostra a pesquisa Global Entrepreneuship Monitor (GEM 2010).

 
Assim, 17,5% da população adulta constituem a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) no Brasil. Ficamos a frente dos 17 países do G-20 que participaram da pesquisa e dos outros do BRIC (bloco composto pelo Brasil, Rússia, Índia e China). Este foi o melhor resultado do País nos 11 anos em que participa da pesquisa.

“Importante notar que neste período, 58,1% dos empresários investiram até R$ 10 mil para abrir sua firma, o que é relevante em um País onde ainda há restrições e burocracia de acesso a crédito para a maioria com baixa renda”, explica Celio Fernandes, vice-presidente da CDL Cuiabá.  A pesquisa mostrou que do público entrevistado, 18% gastaram menos de R$ 2 mil; e 23,1% investiram entre R$ 10 mil e R$ 30 mil. Deste montante, 36% usou recursos próprios e 70,5% pediu ajuda à família, por alegarem dificuldades para conseguir empréstimos em bancos.

Para Célio, uma das explicações destes índices é o grande número gerado pela regularização de Microempreendedores Individuais (MEI), que segundo o Sebrae, desde julho de 2009, quando entrou em vigor a legislação pertinente, até abril deste ano, “somam 1 milhão de pessoas”.

O vice-presidente da CDL fala ainda que os custos apontados como sendo, em sua maior parte, até R$10 mil, igualmente embasa a tese de que sejam mais firmas cadastradas no MEI, que tem uma série de vantagens e menor gasto com registro e tributos na sua atividade comercial ou de prestação do serviço. 

Perfil - Hoje as oportunidades de mercado fomentam a abertura de empresas mais do que a necessidade. Em 2010, essa razão foi de cada 2,1 empreendimentos abertos por oportunidade para cada um por necessidade. No ano anterior, era de 1,6 para um. Desta maneira, em 2010, o Brasil já se mostra próximo à média dos outros países pesquisados, que é de 2,2 por um.
Outro dado importante apurado é que dos 21,1 milhões de empreendedores brasileiros, 10,7 milhões são homens e 10,4 milhões mulheres. Todas as faixas etárias apresentaram um crescimento nas taxas de empreendedorismo, “lembrando que do total, 56,9% não têm nem 35 anos de idade. E o Brasil e a Rússia são os únicos países do G20 que apresentam este quadro”, fala Célio.

Algodão fashion made in Mato Grosso -  Resgatar a arte de nossas avós e torná-la um produto altamente comercial. Este é o mote da empresária de Rondonópolis Claudia Fagotti, com o lançamento da Alfa Brasil, existente há 7 meses, com sede na capital mato-grossense. A marca de roupas trabalha principalmente com algodão cru.

Há 16 anos no mercado de uniformes, ao buscar algo inovador, Claudia pensou no algodão cru “pela leveza, ideal para esta região onde o calor é forte, e por ser à cara de Mato Grosso!”. Suas criações foram desfiladas no Fashion Week 2011, em Cabo Verde, na África, e o sucesso que vem alcançando se deve, principalmente, ao uso do material considerado rústico, em outra textura, misturado a tecidos finos e em moda Festa, inclusive com belos vestidos de noite.

O próximo passo é viajar ao nordeste brasileiro à cata de mais tradição. Visando conquistar o mercado com diferencial segue resgatando bordados, crochê e rendas de Fortaleza, igualmente para agregar em peças dia-a-dia sofisticado, de luxo e moda festa.

Espiaqui, siminino! -  A estratégia de oferta coletiva de produtos e serviços por mailing e sites chegou ao Brasil em 2009, nos moldes do Groupon e via empresa Peixe Urbano. Em Cuiabá-MT, desde fevereiro deste ano, o mercado conta com a Espiaqui, dos empresários César Augusto e Daiamon Bendo.

R$1,00 por um prato que normalmente custa R$35,00. R$39,00 em um pacote com serviços de cabeleireiro que usualmente somaria R$150,00 é o diferencial comercial, que funciona com grupos fechados (em quantidade e tipos) de produtos e serviços que o site Espiaqui lança com super ofertas.

O destaque do Espiaqui, num cenário em que o comércio eletrônico de mercadorias de São Paulo e de outros estados do Brasil adentra e concorre fortemente com o Setor de Comércio de Mato Grosso, é que ele anuncia empresas regionais. “E é também uma forma de as empresas locais se divulgarem e concorrerem, até mesmo oferecendo preços menores em relação ao comércio eletrônico nacional”, fala a gerente do empreendimento, Laura Burttet.

GALERIA DE FOTOS

VÍDEOS

Dia das mães CDL Cuiabá