Há menos de 20 dias para a concretização da licitação que indicará a empresa que ficará responsável pelo transporte coletivo da capital, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) preocupada com todo o processo que está em andamento e prestes a ser finalizado, realizou um debate denominado “Transporte público e mobilidade urbana para Cuiabá do Futuro” na noite desta segunda-feira (24.06). Diversos vereadores, gestores do setor, empresários e convidados marcaram presença.

O debate foi intermediado pelo vice-presidente administrativo da CDL Cuiabá, Célio Fernandes. Para esclarecer as dúvidas e perguntas do público presente estavam o secretário de mobilidade urbana, Antenor Figueiredo e a professora em trânsito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marina Baltar.

Entre os itens discutidos e apontados durante o encontro está o prazo do contrato a ser assinado, o qual é considerado muito longo já que o edital prevê 20 anos de concessão podendo ser prorrogado por mais 10 anos.

Os vereadores presentes defenderam e criticaram de forma contundente o edital. “Nós fizemos uma pesquisa e nenhuma capital brasileira tem esse prazo de concessão. A maioria delas fez licitação de 10 anos mais cinco de prorrogação”, afirmou o vereador Dilemário Alencar.

Por sua vez o secretário de mobilidade urbana defendeu o tempo de concessão. “Não existe concessão com menos de 20 anos. Fizemos com um prazo grande para que as empresas possam vir e investir com chance de retorno”, declarou.

O edital de licitação também prevê que a empresa atenda os seguintes requisitos: Todos os ônibus devem conter câmeras de monitoramento; As empresas contratadas também vão fazer o transporte rural para os distritos de Aguaçu, Coxipó do Ouro, Nossa Senhora da Guia e Cinturão Verde; As concessionárias devem oferecer o transporte especial para pessoas com mobilidade reduzida; A frota passará por controle de qualidade; Além de que 100% da frota tenha ar-condicionado, em 5 anos. A vencedora será aquela que apresentar toda a documentação necessária e o menor preço para a execução do serviço.

Para o vice-presidente da CDL Cuiabá, que coordenou o debate, essa foi uma grande oportunidade de se discutir o assunto. “Existem muitas dúvidas da população e dos empresários em relação ao funcionamento desse serviço. É muito válida essa discussão, principalmente pela péssima qualidade atualmente do transporte coletivo em Cuiabá.

Agora é o momento de cobrarmos e de buscarmos melhorias para esse serviço e é isso que nós da CDL Cuiabá estamos buscando fazer. Nós estamos acompanhando de perto todo esse processo já que nós como empresários, bancamos 32% do total arrecadado pelas empresas de transporte, e também queremos um transporte público de qualidade para nossos colaboradores”, disse Fernandes.