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Quinta, 14 de abril de 2011, 10h26
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Energia Elétrica: "aumento na conta de energia é escandaloso e sem propósito", diz presidente da CDL

*Para o presidente esse aumento retira a capacidade de crescimento e de sustentabilidade no comércio

A próxima conta de energia elétrica ficará mais cara para os consumidores comuns (residenciais) e para comerciantes. Após um reajuste aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início deste mês de abril, os consumidores terão que desembolsar o teto de 13,16% na conta para pagar a Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat), do grupo Rede Energia

 

 

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o empresário Paulo Gasparoto, disse ao Hipernotícias que há apenas dois ganhadores com o aumento. Primeiro o próprio governo do Estado que arrecada o maior Imposto sob Circulação de Mercadorias (ICMS), depois a Cemat que fatura mais.

 

Defendendo a classe empresarial, Gasparoto salientou que o aumento é escandaloso e sem propósito, já que a inflação aumentou de 6 a 7% e o reajuste para Mato Grosso foi o dobro da inflação anual. Para o presidente esse aumento retira a capacidade de crescimento e de sustentabilidade no comércio. “Estamos num estado em que a temperatura média é de 35 graus. Em minhas lojas pago o valor de R$ 100 mi em conta de energia, com o reajuste o valor sobe para R$ 113 mil. Tudo isso vai representar altos gastos e o maior prejudicado é o comerciante. O consumidor tem um reajuste desses e o seu salário não sobe, então sobra menos para se gastar no comércio”, enfatiza Gasparoto.

 

A Aneel, agência independente que cuida dos contratos, aprova os calculos apresentados pelas empresas concessionárias dos Estados. Para os reajustes da conta de energia é usado uma fórmula chamada paramétrica. Essa matemática, segundo a assessoria da Cemat é bastante complexa. “Há um total desconhecimento por parte dos comerciantes sobre o cálculo, por isso pensam que o reajuste é abusivo”, ressaltou a assessoria da Cemat.

 

A empresa de energia, através de um release, tenta detalhar o difícil cálculo paramétrico. Segundo o documento, o reajuste está combinado a alguns fatores que compensam programas do governo como a Tarifa Social de Energia Elétrica, concedido à população de baixa renda e o programa Luz Para Todos. A explicação é a seguinte: a fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral do Preço de Mercado (IGP-M) e o fator X, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e setoriais. O fator X é um índice fixado pela Aneel na época da revisão tarifária. Sua função é repassar ao consumidor os ganhos de produtividade estimados da concessionária decorrentes do crescimento do mercado e do aumento do consumo dos clientes existentes. Assim, o mecanismo contribui para a modicidade tarifária".

 

 

 

A consumidora Irene Gomes Monção, empresária do ramo da confecção, acha que é muito alto o reajuste. A conta de energia de sua loja está na média de R$ 190,00. Com o reajuste Irene passa a pagar em torno de R$ 215,00. O aumento faz a empresária ter uma mudança de postura, “Para não repassar esse reajuste para o meu cliente, me adequo da seguinte forma: não ligo o ar condicionado na parte da manhã, evito deixar luz acesa sem necessidade. Tento diminuir a conta com essas atitudes”, diz Irene.

 

Em Mato Grosso, 1 milhão de consumidores dos 141 municípios terão que se adequar ao novo reajuste.

 

Outros Estados -  No estado de São Paulo, o reajuste feito com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) para 3,5 milhões de consumidores atendidos será na casa dos 7%. Os consumidores comuns terão 6,95%. A indústria terá aumento de 7,72%. São 234 municípios no estado de São Paulo que a CPFL atende.

 

 

No Rio Grande do Sul, a Aneel aprovou o reajuste tarifário com a concessionária AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A que atende 1,184 milhão de unidades consumidoras, localizadas em 118 municípios gaúchos. As residências terão o reajuste de 6,36% enquanto as indústrias terão o reajuste de 8,82%

 

 Na Paraíba, o reajuste com a Energia Distribuidora de Eletricidade S/A (EBO) que atende 165 mil unidades consumidoras da reda região de Campina Grande e arredores, no interior do Estado da Paraíba. Os consumidores comuns pagarão 14,92% a mais na conta de energia e as Indústrias passam a pagar 13,22%.

 

 

Para ver o reajuste de outros Estados, o leitor poderá acessar o site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Veja esta e outras notícias no www.hipernotícias.com.br

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