Falta de qualificação é entrave

Um dos impasses para o preenchimento de vagas é a falta de qualificação e de mão de obra especializada para atender às empresas. Mesmo com o aumento no número de cursos ofertados, a quantidade de profissionais qualificados não é suficiente para atender às ofertas de emprego.

A assistente técnica do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Mato Grosso, Clélia Borges diz que há muitos interessados em busca de oportunidade, mas na hora de preencher os requisitos não conseguem a vaga. "Por exemplo, no recrutamento para a construção civil a sala de entrevista ficou lotada, mas nenhum possuía curso em edificação e a vaga continua em aberto".

Segundo a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), o programa Qualicopa formou 1,7 mil novos profissionais em 128 municípios do Estado em 2010. O projeto é realizado em parceria com o Senai e Senac para atender as áreas que estão demandando mão de obra capacitada em virtude da Copa de 2014.

Este ano as inscrições ainda não começaram, mas Kellen Cristine, do Sine, diz que a procura por cursos é diária.

A gestora de pessoas do Boticário em Cuiabá, Maceli Vânia Voltolini diz que apesar de não exigir experiência em vendas, a empresa prioriza aqueles que frequentaram algum curso de qualificação. "A diferença entre os que participam de cursos e os que não é muito grande. Falta capacitação entre a mão de obra disponível".

A gestora de negócios da Gelre, Ana Ataíde, reconhece que houve melhora significativa na qualificação dos trabalhadores, porém insuficiente para atender a demanda. "Podemos dizer que o número de pessoas que procura por vaga e que tem qualificação aumentou 40%, mas ainda temos alguns problemas. No setor de logística, por exemplo, não adianta ter a habilitação para conduzir caminhões, tem que ter o mínimo de conhecimento de informática", diz ao explicar que com a tecnologia o nível de exigência para operar os equipamentos é maior. Para suprir a necessidade, a Gelre recruta mão de obra de outros locais para atender ao mercado interno. "Selecionamos pessoas de outros estados e fazemos o encaminhamento". Veja esta e outras notícias no www.gazetadigital.com.br