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Quinta, 14 de abril de 2011, 10h24
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Inflação: “Comércio pode ser penalizado por meias medidas do governo”, diz CDL

De acordo com a pesquisa Focus, a expectativa para a inflação oficial neste ano subiu de 6,02% para 6,26%, em um patamar ainda distante do centro da meta de inflação, que é de 4,50% para este ano. A meta tem margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Paulo Gasparoto, afirma que inflação é um grande inimigo do comércio porque diminui a capacidade de compra do cidadão. “Mas, na verdade, o que mais preocupa agora é o gasto público desmedido e a elevação das taxas de juros, por encarecer o custo dos financiamentos e reduzir o consumo”. Ele explica ainda que as medidas do governo, a exemplo do aumento do IOF, inclusive sobre financiamentos de cartão de crédito Pessoa Física,  não resolvem o problema da inflação e impõe, cada vez mais, uma carga tributária maior aos cidadãos e empresas”.

 

Gasparoto lembra que o grande prejudicado com a inflação é o trabalhador, que tem seu salário diariamente corroído, significando perdas em seu poder aquisitivo, perdas estas que, de acordo com a previsão de inflação do ano, será de 6%.

 

Para o presidente da Confederação Nacional dos Diretores Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, as medidas anunciadas pelo governo especialmente a restrição do acesso ao crédito (por meio do aumento das taxas de juros) “terão um forte impacto no comércio varejista”, reduzindo o consumo, mas não vão resolver o problema da inflação. Segundo ele, se a justificativa for apenas o controle de preços, a medida será inócua.

Em Mato Grosso o impacto da inflação vai ser sentido independentemente de ser um estado onde a economia é movida, em grande parte, por commodities, esclarece o economista Edisantos Amorim. “O impacto da inflação em mercados emergentes pode ser configurado para intensificar-se devido a um potencial ‘choque de commodities’ o que causaria aumento nos preços, colocando a pressão sobre os lucros”, diz.

Edisantos não acredita que a inflação chegará aos níveis que alcançou no passado, mas reafirma que deve superar a meta mínima. “Veio que não fecharemos o ano com a meta inflacionaria mínima prevista, que é 4,5%. As projeções nos levam a crer que a inflação deverá extrapolar a meta máxima prevista pelo governo federal, que é de 6,5%. O Brasil caminha para fechar o ano com a inflação  na casa dos 7%, mas não necessariamente seguiremos a rumo de retrocesso”.

O economista coloca ainda que a medida ideal para conter a inflação seria o governo cortar gastos excessivos e fixar a atual taxa de juros à (SELIC), para que o mercado interno e externo entenda a nossa economia com estabilidade. E aponta como solução para o País também a criação de leis de indexação e medida macro exponencial, produzindo redução no credito e promover grande entrada de capitais externo na economia brasileira. “Com isso fortalecer o nosso mercado frente aos países desenvolvidos, evitando riscos inflacionários”.

Inflação - Entende-se por inflação o aumento do preço de bens e serviços fazendo com que a moeda se torne desvalorizada naquele momento, ou seja, a moeda perde seu poder aquisitivo. É gerada pelo excesso de consumo de serviços que podem se tornar escassos, gasto da moeda superior ao arrecadado pelo Governo, empobrecimento do dinheiro entre outros fatores. Outra provável causa da inflação é a variação cambial. Uma elevação repentina na cotação do dólar, por exemplo, inflacionaria os produtos importados. No entanto, no momento, estando o dólar em baixa, tem ajudado a conter a inflação e favorecido a compra de importados, que chegam às prateleiras mais baratos.  (Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá: Thalita Marques/Honéia Vaz)

 
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