Levantamento aponta que quase 40 mil pessoas estão desempregadas em Cuiabá
*A pesquisa realizada apresenta o maior número de desemprego entre jovens de 16 a 24 anos.
A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) encomendou uma pesquisa para verificar o mapa do emprego e desemprego na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá. Segundo o levantamento, a taxa de desempregados em Cuiabá é de 7%, isso representa quase 40 mil pessoas.
A pesquisa, realizada entre 01 e 30 de abril, entrevistou 8.200 pessoas em domicílios, com mais de 16 anos. Além de Cuiabá, o estudo abrange a geografia social de outras cidades, são elas: Acorizal, Chapada dos Guimarães, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Poconé, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço, Rosário Oeste, Várzea Grande e Cuiabá.
A pesquisa aponta também que há um grande fluxo migratório de pessoas que moram em cidades do interior e que vem à Capital para trabalhar. “O resultado desse estudo poderá subsidiar a elaboração de políticas públicas visando a geração de emprego e renda para a população”, assinalou o presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá.
Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), a pesquisa tem que considerar outros indicativos, como por exemplo o nível de idade abordado, no universo de cada domicílio, quantas pessoas estão desempregadas, se são chefes de família.
O presidente da CDL, Paulo Gasparoto, diz que o percentual não é grande porque existe uma parcela da população que não entra, principalmente pessoas que abrem microempresa e os que trabalham com mercado informal. “A pesquisa é feita com jovens, que ainda não tem a devida qualificação e aí aparece as dificuldades. São números administráveis e até aceitáveis”, conclui.
Gasparoto também compara os números apresentados pela AMM com a taxa de desemprego na Europa, que, segundo ele, está na casa dos 30% ao ano. E adverte que a capital tem registrado crescimento no emprego com carteira assinada.
O Secretário Adjunto de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setecs), Jean Estevan, também acredita que a faixa de idade da pesquisa, que compreende, em sua maioria jovens de 16 a 24 anos, faz com que a falta de qualificação abra lacunas diante do empregador. Para isso, Estevan diz que o objetivo do Governo é qualificar por ano cerca de 10.000 pessoas, em parceria com instituições privadas e o Governo Federal. Veja esta e outras notícias em www.hipernotícias.com.br