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Segunda, 30 de maio de 2011, 09h03
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Redução no prazo de financiamento afeta consumo

O consumidor é mais suscetível à redução do prazo de financiamento do que à alta dos juros. É o que mostra o estudo realizado pelo Provar-Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo), a partir de dados do comércio e pesquisa com consumidores. 

 

O Ibevar é formado por executivos de companhias de varejo e diretores do Provar (Programa de Administração de Varejo) da FIA, a quem o Instituto é ligado.

 

O estudo ressalta que a cada ponto percentual de aumento na taxa de juros, as vendas retraem em 0,26 ponto percentual. Se o mesmo aumento ocorrer, entretanto, no prazo de financiamento, as vendas crescem 0,61 ponto percentual.

 

Para chegar ao cálculo, foi criado um índice para medir, no Varejo, o efeito do aumento de juros nas variáveis.

 

"O impacto nas vendas é maior inclusive no prazo do financiamento do que na renda. Porque, se houver o mesmo aumento percentual na renda, as vendas crescem 0,52 ponto percentual", diz o professor Claudio Felisoni, coordenador do Provar.

 

Para ter ideia do que isso significa, o Provar calculou o impacto das variações na venda de computadores, por exemplo, levando em conta que 7,15 milhões de notebooks foram vendidos no País em 2010, segundo a Abinee.

 

Se a renda variar um ponto, seriam vendidos a mais 37.180 equipamentos. Se a taxa de juros sobe um ponto, 18.590 notebooks deixam de ser vendidos. E, se o prazo cresce na mesma proporção, 43.615 notebooks seriam vendidos a mais no ano.

 

"O resultado serve para ilustrar as dificuldades do governo em conter o consumo. A renda se manteve em alta, e os prazos, apesar das medidas de contenção, continuaram sendo alongados."

 

Dados do Banco Central citados pelo Provar mostram que o prazo médio nos financiamentos (pessoa física) subiu 13% em fevereiro deste ano (565 dias) em relação a igual mês de 2010 (500 dias).

 

Em fevereiro de 2009, com efeitos da crise, o prazo chegou a 460 dias. "Se considerarmos que em fevereiro de 2004 o prazo era de 280 dias, ele agora dobrou. O que o consumidor quer é justamente isso: prazo maior significa parcela que cabe no bolso", diz Nuno Manoel Dias Fouto, um dos autores do estudo.

 

PARCELAS - Oito em cada dez consumidores preferem comprar de forma parcelada, segundo pesquisa do Provar feita em março com 500 consumidores da cidade de São Paulo. 

 

A preferência no caso de produtos como televisores e geladeiras é a mesma para consumidores que ganham desde meio salário mínimo até acima de três mínimos. Veja esta e outras notícias no www.cndl.com.br


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